Corona vírus e empregos piores ameaçam 2020

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Foto: Getty Images/iStockphoto

Os dados da última semana revelaram que a economia real, distante da euforia do mercado financeiro, estava mais fraca no fim do ano do que se previa, analisam economistas. A indústria fechou 2019 no negativo, com a produção no mesmo nível de 15 anos atrás. Bancos levantaram o alerta de “viés de baixa” e alguns refazem cálculos, indicando um início de 2020 mais lento. Ainda há expectativa de que a atividade ganhe ritmo, mas a ameaça da chegada do coronavírus preocupa.

No governo, a avaliação é outra. Em conversa com parlamentares na última semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que, ainda que a indústria esteja mais fraca, o comércio, os serviços e a construção civil vão melhor e os juros mais baixos tendem a ajudar.

Na pasta de Paulo Guedes, a Secretaria de Política Econômica estuda possíveis efeitos do coronavírus, mas quer observar melhor. O mais recente registro na literatura técnica, diz o subsecretário Vladimir Telles, foi o impacto negativo de 0,05% em países como o Brasil no surto da SARS, em 2003.

A variável chave, segundo Telles, que está definindo o crescimento e seu ritmo é a dívida pública, que recuou com a queda dos juros. “Quanto mais a dívida cair, mais o crescimento vai disparar”.

Ainda sem conseguir quitar o 13º de boa parte dos servidores de Minas, o governador Romeu Zema (Novo) enviou na última quarta (6) proposta à Assembleia Legislativa para aumentar o salário de policiais militares e civis, bombeiros e agentes penitenciários, inclusive os aposentados, em 42% até o fim de seu mandato, em 2022.

A primeira parcela do reajuste, prevista para julho deste ano, é de 13%, quase três vezes a inflação oficial, de 4,19% ao ano. A bondade transbordou as fronteiras de Minas. Governadores de outros estados afirmam que já receberam pedidos de comandantes policiais querendo tratamento equivalente.

Depois da Saúde, mais dois ministérios regulamentaram a concessão de passagens e diárias a seus servidores na última semana. Na quarta (5), a Defesa definiu que somente o alto oficialato pode conceder pagamento de diária aos fins de semana, por exemplo. Na Educação, a portaria saiu na sexta (7).

Redação com Folha