Deputado-príncipe tem surto de inveja de visita de Lula ao Papa

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Foto: Remo Casilli/Reuters/Ricardo Stuckert/Instituto Lula

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, do PSL e aliado de Bolsonaro, enviou um ofício ao arcebispo Giovanni D’aniello, da Nunciatura Apostólica em Brasília, cobrando explicações sobre a visita que Lula fará ao Papa Francisco na próxima quarta-feira. É a representação do Vaticano aqui.

Um dos incômodos do deputado-príncipe é que Lula, além de condenado em instâncias superiores, é também um comunista.

“Indago, respeitosamente, se Sua Santidade não teme pela imagem da Santa Igreja ao apoiar abertamente notórios comunistas brasileiros que, comprovadamente, cometeram graves crimes. Questiono, ainda, quanto à legitimidade dessa visita e os efeitos negativos que poderão acarretar ao povo e às instituições brasileiras”, escreveu Orleans e Bragança no encerramento do ofício.

O arcebispo Giovanni é italiano e núncio apostólico no Brasil desde 2012, nomeado pelo Papa Bento XVI.

No decorrer do texto, o deputado sugere que a Santa Sé deve algo por algum benefício alcançado no governo Lula.

“Sem querer especular se há qualquer obrigação que a Santa Sé tenha contraído com o condenado no passado, quando ocupava a Presidência do Brasil, ao recebê-lo representará a impunidade e desrespeito às instituições brasileiras. Essa é a prática reiterada pelo condenado e pela organização criminosa que ele dirige. O partido (PT), assim como o condenado, promovem ideologia socialista e objetivos comunistas abertamente há várias décadas”.

Orleans e Bragança escreve ser público que a Igreja Católica no Brasil apoia sistematicamente Lula e seus aliados nas eleições.

“Fica a dúvida da missão da Igreja como braço político militante de qualquer ideologia. Fica também a dúvida se houve mudança nos valores tradicionalmente defendidos pela Igreja ou se esses foram redefinidos lentamente pela ideologia comunista”.

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