Papa pregará contra desmatamento na Amazonia

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Foto: Reprodução

A esperada exortação apostólica do papa Francisco sobre o Sínodo da Amazônia, realizado em outubro de 2019, será publicada no próximo dia 12 de fevereiro, informou o Vaticano nesta sexta-feira (7).

Chamado de “Querida Amazônia”, o documento oficial reúne os pedidos dos bispos da região sul-americana. A expectativa é sobre a decisão do líder argentino em relação ao celibato sacerdotal, principalmente depois que Francisco disse que o celibato é “um presente, uma graça”, mas “não é um limite”.

Durante o Sínodo, foi recomendada a ordenação de homens casados – preferivelmente indígenas – para administrar os sacramentos na floresta amazônica, dada a escassa presença de padres na região.

Entre outras questões delicadas que são aguardadas uma resposta estão a ordenação de mulheres para o diaconato feminino, a possibilidade de ter na Igreja Católica um rito litúrgico amazônico, além da possível inclusão do “pecado ecológico”.

O documento de Francisco será apresentado à imprensa pelo cardeal Lorenzo Baldisseri, secretário geral do Sínodo dos Bispos, pelo cardeal Michael Czerny, subsecretário da seção de Migrantes e Refugiados do dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, que foi o secretário especial do sínodo da Amazônia.

O jesuíta Adelson Araújo dos Santos, professor de Espiritualidade da Pontifícia Universidade Gregoriana e a irmã Augusta de Oliveira, vigária geral das Servas de Maria Reparadoras também estarão presentes.

Considerado um dos temas mais controversos aprovados, com 128 votos a favor e 41 contra, a possibilidade de autorizar homens casados a celebrar os sacramentos poderia provocar uma polêmica com a ala mais conservadora e defensora do celibato, principalmente depois de um suposto posicionamento de Bento XVI a respeito do assunto.

Em janeiro passado, o cardeal conservador Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino, publicou um livro que traz um texto no qual Bento XVI afirma que o celibato é “indispensável” para a Igreja. Após a repercussão, no entanto, o papa emérito, que aparecia como coautor da obra, pediu a retirada de sua assinatura.

Ansa Brasil