Barroso chama prorrogação de mandatos de “aterradora”
Foto: Carlos Moura
A eleição municipal é só em outubro. Mas, acredite, em tempos de novo coronavírus, já começa um ruído sobre a eventualidade de adiar o pleito. A coluna procurou o ministro Luís Roberto Barroso, a quem caberá, no TSE, presidir a eleição.
Para ele, a ideia de prorrogação de mandatos é aterradora e deve ser evitada até o limite: “A realização de eleições é um rito vital para a democracia. Só se pode cogitar adiá-las diante da existência de uma dificuldade intransponível”.
Ele lembra que estamos em março. “As convenções partidárias e o início da campanha são em agosto. As eleições, em outubro”. É razoável esperar que nesse espaço de tempo a situação já esteja controlada. Ou seja: é muito cedo para se especular sobre adiamento. E mais: “É sempre bom lembrar que boa parte das coisas que tememos nessa vida não acontecem”.
Só que…
O ministro Barroso, indagado, insistiu:
— É certo, porém, que a saúde da população deve estar acima de tudo. Se houver risco real para as pessoas, as alternativas serão consideradas. Mas tudo deve ser feito para que os eleitos possam tomar posse ao fim do mandato dos atuais ocupantes dos cargos.