Bolsonaro e esquerda disputam Vitória contra PM no Ceará
Foto: Camila Lima/SVM
Após a efetiva participação do governo Jair Bolsonaro na crise da segurança pública do Ceará, aliados de Camilo Santana temem que o presidente tente lucrar ainda mais politicamente a partir de agora com o fim do motim. Para esses interlocutores, o custo da presença federal no Ceará deverá ser uma fatura a ser paga pela esquerda na região: pode dar a Bolsonaro o discurso de “herói suprapartidário” que ajudou policiais e trouxe paz para a população cearense, governada pelo PT. Não será tão simples porque Santana teve papel fundamental.
Ata. Na transmissão online da última quinta-feira, quando não se mostrou convencido a renovar a GLO, o presidente estava especialmente contrariado com um pedido de Santana: o governador havia solicitado a operação por mais 30 dias. Bolsonaro deu sete.
Pera lá. A criação de uma comissão dos três Poderes estaduais, segundo aliados de Santana, foi a vacina encontrada para dar ao Ceará o protagonismo em uma resolução do conflito.
Na mesa. Apesar da desconfiança política, a presença dos militares no Estado, segundo aliados do governador, tem sido essencial nas negociações. Mesmo que a GLO não tenha atuado no enfrentamento, mas na retaguarda, empoderou Santana nas negociações.