Bolsonaro leva bobagens de seguidores à TV
Ilustração: Kleber Sales
As redes bolsonaristas atuam para propagar a tese de que vale afrouxar o confinamento para “salvar” a economia, custe o que custar. No pronunciamento de ontem, Jair Bolsonaro repetiu as linhas gerais dessa narrativa, segundo a qual ele luta contra exageros de inimigos interessados no pânico e no desemprego de milhões. Algumas das mensagens reproduzem dados de caráter duvidoso. Alvos de ataques dessas redes e autoridades preocupadas com a pandemia disseram à Coluna que já enxergam nelas digitais cibernéticas do gabinete do ódio.
Gabriel Kanner, presidente do grupo de empresários Brasil 200, simpático a Jair Bolsonaro, defende que o isolamento dure apenas mais duas semanas, no máximo, contrariando o que diz o Ministério da Saúde e a OMS.
“Sem menosprezar o coronavírus, mas tem que haver uma abordagem mais cirúrgica. Isolar grupos de risco e os outros voltam às atividades econômicas em, no máximo, duas semanas”, afirma Kanner.
Em conversa com parlamentares, Rodrigo Maia defende o isolamento. Acha que o impacto econômico será gigantesco para todos se o sistema de saúde entrar em colapso.
Na reunião com os governadores do Nordeste, Bolsonaro citou uma saudade ao governador do Alagoas, Renan Filho. “Relembro do nosso tempo de pelada aqui em Brasília. Um abraço no teu pai”. Renanzinho, como é conhecido, é filho de Renan Calheiros.