EUA decidem injetar US$ 1 trilhão na economia
Foto: Tom Brenner/File Photo/ Reuters
Os líderes da Casa Branca e do Senado americano fecharam, na madrugada desta quarta-feira (25), acordo por um pacote estimado em US$ 2 trilhões para recuperar a economia do país em meio à pandemia do novo coronavírus (COVID-19). As negociações ocorrem desde a última sexta-feira e, no domingo, a oposição havia rejeitado a proposta – defendida por Donald Trump.
“Senhoras e senhores, terminamos”, disse o diretor de assuntos legislativos da Casa Branca, Eric Ueland, após deixar o escritório do líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, após negociações que acontecem sem parar desde sexta-feira passada. “Nós temos um acordo.”
McConnell anunciou formalmente o acordo no plenário do Senado, dizendo: “Finalmente, temos um acordo. Após dias de intensas discussões, o Senado chegou a um acordo bipartidário sobre um pacote de ajuda histórica para esta pandemia”.
O líder da maioria descreveu isso como “investimento semelhante aos de tempos de guerra para nossa nação” e afirmou que o Senado passaria a aprová-lo no final do dia de quarta-feira.
Os senadores se reunirão novamente às 12h desta quarta-feira (horário local).. Ainda não foi definido um horário exato para a votação.
Os detalhes completos ainda não foram divulgados. Nas últimas 24 horas, porém, os elementos da proposta entraram em foco, com US$ 250 bilhões reservados para pagamentos diretos a indivíduos e famílias, US$ 350 bilhões em empréstimos a pequenas empresas, US$ 250 bilhões em benefícios de seguro-desemprego e US$ 500 bilhões em empréstimos para empresas em dificuldades.
O projeto de lei de estímulo também tem uma disposição que impediria o presidente Donald Trump e sua família, bem como outros altos funcionários do governo e membros do Congresso, de obter empréstimos ou investimentos de programas do Tesouro no estímulo, de acordo com o escritório do líder minoritário Chuck Schumer.
O pacote, se for aprovado no Congresso, seria a ação legislativa mais significativa adotada para enfrentar a crise de coronavírus que se intensifica rapidamente, que está sobrecarregando hospitais e paralisando grande parte da economia.
Schumer chamou de “o maior pacote de resgate da história americana”, em comentários no Senado nas primeiras horas da manhã de quarta-feira. “Este não é um momento de comemoração – mas de necessidade”, disse.