Filho de Bolsonaro pode ser destituído do PSL
Foto: Jorge William / Agência O Globo
Em mais um capítulo da briga interna do PSL, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu nesta quarta-feira a decisão do presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, pela suspensão da atividade partidária de 12 deputados bolsonaristas pelo período de um ano. Com isso, o atual líder da sigla na Câmara, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), pode ser destituído do comando da bancada.
Foram suspensos de qualquer atividade partidária na Câmara: Aline Sleutjes (PR), Bibo Nunes (RS), Carlos Jordy (RJ), Caroline de Toni (SC), Daniel Silveira (RJ), General Girão (RN), Filipe Barros (PR), Cabo Junio do Amaral (MG), Hélio Lopes (RJ), Márcio Labre (RJ), Sanderson (RS) e Vitor Hugo (GO). A bancada de 53 representantes da legenda passa a contar, então, com apenas 41 deputados.
Na decisão, Maia registra que não é possível suspender a atividade de cinco deputados cujos casos são questionados na Justiça, entre eles o de Eduardo Bolsonaro (SP). Por isso, o parlamentar não foi destituído da liderança do PSL, embora tenha perdido força para manter-se no cargo. Além de Eduardo, escaparam da punição Bia Kicis (DF), Carla Zambelli (SP), Alê Silva (MG) e Chris Tonietto (RJ).
O presidente da Câmara também especificou as restrições aos deputados que foram punidos.
“Os deputados sancionados ficam afastados de qualquer função de liderança e vice-liderança, bem como ficam impedidos de orientar bancada em nome do partido, representar a agremiação e de participar da escolha do líder da bancada durante o período do desligamento”, determinou.
Ele registra ainda que a decisão partidária “traz consequências” não apenas para o parlamentar, mas também para a sigla, como cálculo do tempo de fala de liderança, número de requerimentos de destaque de bancada e outras situações.
“Para esses fins, portanto, a bancada do PSL fica, por enquanto, reduzida em 12 parlamentares pelo período de 12 meses”, decidiu o parlamentar.