Governo irá adiantar pagamento do BPC
Foto: Hoana Gonçalves/Ministério da Economia
O governo anunciou nesta quinta-feira que vai antecipar o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a pessoas com deficiência carentes e o auxílio-doença, sem necessidade de perícia média. A medida faz parte do conjunto de ações do Ministério da Economia para mitigar os efeitos da crise do coronavírus. O valor antecipado será de R$ 200.
— Nós abreviaremos essas análises, para que possamos ganhar tempo e eficiência e concederemos para todos um valor específico de adiantamento. Para que a pessoa, mesmo a que esteja na fila, possa receber algum valor neste momento de crise, evitando que nós tenhamos uma fila muito grande. Com isso, nós conseguiremos zerar a fila — disse Bianco.
O objetivo da medida é para que esse tipo de benefício seja concedido sem a necessidade de que o beneficiário se desloque e corra risco de se infectar com o vírus. Hoje, o BPC também é pago a idosos carentes, mas esse auxílio continuará a ser pago normalmente, porque não exige a realização de perícia.
A medida custará ao governo cerca de R$ 5 bilhões, segundo os técnicos do Ministério da Economia. A expectativa é zerar a fila de 470 mil pedidos de BPC para pessoas com deficiência. A ação depende de aval do Congresso.
— A questão da antecipação dos benefícios por incapacidade, sem a necessidade de perícia. A antecipação dos benefícios de prestação continuada, como o pagamento do benefício de R$ 200 para as pessoas que não têm proteção formal. Essas medidas estão sendo debatidas e trabalhadas junto ao Congresso Nacional, para que elas possam ser contempladas num projeto que possivelmente será apresentado na próxima semana — afirmou Narlon Gutierre, secretário de Previdência.