Manifestações pela memória de Marielle acontecerá em 14 de março

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Foto: Mauro Pimentel/AFP

O fim de semana dos dias 14 e 15 de março promete ser movimentado na política. No sábado 14, manifestantes sairão às ruas para lembrar os dois anos da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. O protesto está sendo convocado por partidos de esquerda, como PSOL e PT, e pelo Instituto Marielle Franco, gerido pela família da parlamentar. No domingo 15, movimentos de direita, como Nas Ruas, Avança Brasil e São Paulo Conservador, farão um ato em defesa do governo Bolsonaro e contra a “chantagem” e o “parlamentarismo branco” do Congresso Nacional.

Uma série de manifestações pela memória de Marielle também aconteceu em 14 de março de 2019, quando o assassinato completou um ano. Na ocasião, houve manifestações no Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Alagoas. Neste ano, o ato também incorporará gritos contra o presidente Jair Bolsonaro, como foi explicitado pelo presidente do PSOL, Juliano Medeiros.

“Exigir justiça e exigir verdade é também lutar em defesa da democracia e do estado democrático de direito”, disse Medeiros, acusando o presidente de ter relação com as milícias do Rio de Janeiro e de “estimular o ódio e a violência”.

A principal pauta do ato, no entanto, é cobrar respostas do poder público sobre o assassinato da vereadora e do motorista ocorrido no dia 14 de março de 2018. Até agora, duas foram presas pelo crime – os ex-policiais Ronnie Lessa, suspeito de ser o autor dos disparos, e Elcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro em que estava o atirador. Os dois negam. Não houve por enquanto nenhuma denúncia e as autoridades ainda não sabem quem foi o mandante do crime.

Os locais dos protestos dos dias 14 e 15 ainda não foram anunciados pelos organizadores, mas é possível que em algumas cidades ocorram nos mesmos lugares, como em São Paulo, na Avenida Paulista.

Tanto o protesto do dia 14 como o do dia 15 já haviam sido marcados desde o início do ano. Os dois ganharam fôlego agora após Bolsonaro manifestar apoio à manifestação de domingo em grupos privados de WhatsApp. A revelação provocou uma crise no Parlamento, que interpretou o ato do presidente como uma declaração de guerra do Executivo ao Legislativo. A esquerda, por sua vez, viu nisso uma oportunidade de inflar o ato em homenagem a Marielle e outras duas manifestações marcadas para o dia 8 e 18 de março – o primeiro no Dia Internacional das Mulheres e o segundo das centrais sindicais.

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