Peruíbe fecha cidade a visitantes
Foto: Luiz Pinheiro/Prefeitura de Peruíbe
O prefeito de Peruíbe, Luiz Mauricio (PSDB), decidiu manter os bloqueios das vias que dão acesso à cidade do litoral paulista mesmo após a decisão do presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Geraldo Pinheiro Franco, de suspender todas as liminares que permitiam o bloqueio de rodovias no estado de São Paulo.
A medida tem como objetivo combater a ampliação da crise do coronavírus no local. As entradas à Peruíbe permanecerão controladas por funcionários da Defesa Social.
Os veículos com placas de fora da cidade são parados para explicar os motivos para entrar em Peruíbe. Caso estejam entrando para prestar serviço ou fazer alguma entrega, precisarão comprovar o que dizem com algum documento. Se forem moradores com carros com placas de outra cidade, precisarão mostrar algum comprovante de residência.
Caso não se encaixem em nenhum desses casos e estejam entrando para se hospedar em algum hotel ou pousada, a entrada não será permitida.
A proibição de acesso a Peruíbe foi determinada por meio de decreto municipal, que, segundo o prefeito, não é atingido pela decisão do presidente do TJ-SP, que tem como alvo somente as rodovias, na leitura de Maurício.
“A Procuradoria Geral do Município (PGM) entrará com ação judicial contra quem vier à cidade e proliferar o vírus”, afirma Maurício.
A prefeitura teme que a decisão de Pinheiro Franco aumente o número de turistas viajando para a cidade no final de semana e potencialize a crise do coronavírus na região.
Um morador de Guarulhos passou em UPA de Peruíbe e recebeu diagnóstico positivo de coronavírus. No entanto, o caso ainda não é considerado confirmado pelo Ministério da Saúde porque aguarda contraprova do instituto Adolfo Lutz. Ele se encontra internado no hospital Emilio Ribas, em Guarujá.
Em sua decisão, proferida no domingo (22), o presidente do TJSP diz que o momento exige calma e que a coordenação é imprescindível.
“Somente uma organização harmônica e organizada ensejará a adoção das medidas necessárias e abrangentes”, afirma no despacho.
“Considerando todos os esforços envidados hora a hora pelo Estado, decisões isoladas, atendendo apenas parte da população, têm o potencial de promover a desorganização administrativa, obstaculizando a evolução e o pronto combate à pandemia”, completou Pinheiro Franco.