Prefeito-pastor do Rio se ajoelha e reza contra coronavírus

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Foto: Reprodução

“Eu gostaria de convidar católicos, espíritas, evangélicos, e até quem não tem religião para, nesse momento, fecharmos os olhos, mas abrirmos o coração”, diz o prefeito Marcelo Crivella nos primeiros instantes do vídeo publicado em suas redes sociais nesta segunda-feira, por volta das 19h15. Na gravação, com pouco menos de dois minutos, ele explica que é um momento de oração devido à Covid-19 que acomete o Brasil e tantos outros países. Ajoelhado, ele não fala o nome do novo vírus, referindo-se a ele como “essa doença”, ao rogar a Deus para que a leve embora.

Crivella também pede por um milagre. Antes, diz “para que poucas pessoas tenham realmente problemas, para que possamos vencer essa contaminação e sairmos até mais fortes do que entramos”. O vídeo tem imagens do prefeito fazendo sua oração e trechos com música com imagens com pessoas rezando, algumas em círculo e de mãos dadas.

A postagem nas redes sociais dividiu a opinião dos internautas. Enquanto alguns viram o vídeo como uma “ajuda” para a solução da doença, outros aproveitaram para questionar tal gravação ou até mesmo para perguntar sobre as medidas em andamento para a quarentena que divergem com as decretadas pelo governador Wilson Witzel, como a abertura de lojas de alguns segmentos do comércio.

Crivella tem sido alvo de críticas e elogios nos últimos dias sobre medidas adotadas para conter o avanço do coronavírus ao mesmo tempo em que se pronuncia sobre possíveis afrouxamentos nas restrições. Na última quinta-feira, enquanto acompanhava a limpeza de trens na Central, ele declarou que “todos vamos nos infectar”. Um dia antes, Crivella anunciou a liberaração da abertura de lojas de conveniência em postos de gasolina e de material de construção.

Numa tentativa de conter a proliferação da Covid-19, a prefeitura transformou o Sambódromo num abrigo para moradores de rua e monta um hospital de campanha com 500 leitos no Riocentro para tratamento exclusivo dos pacientes acometidos pelo novo vírus.

O Globo