Prefeitura de SP disponibiliza pias para moradores de rua
Foto: Edson Lopes Jr/Prefeitura de São Paulo
A Prefeitura de São Paulo iniciou a instalção de pias em áreas de grande movimentação para que pessoas em situação de rua possam lavar as mãos durante a pandemia da Covid-19.
Os equipamentos possuem água potável fornecida pela Sabesp, empresa responsável pelo saneamento básico e fornecimento de água na maioria das cidades do estado. De acordo com a prefeitura, as pias estão sendo instaladas em locais de grande aglomeração, sobretudo no centro da cidade.
Até o momento, segundo a Secretaria Municipal das Subprefeituras, as pias foram colocadas na Praça da Sé, na Praça da Ouvidor Pacheco e Silva, Largo São Francisco, Largo Paissandu, Pateo do Colégio, Praça da República, Largo do Arouche, Parque Dom Pedro, Largo General Osório e na Praça da Liberdade.
A Prefeitura afirmou também que fará distribuição de sabonetes para que moradores em situação de rua possam fazer a higienização das mãos.
A atenção com a população mais pobre é uma preocupação das autoridades durante a expansão do surto do novo coronavírus. Nesta quinta-feira, promotores do Ministério Público de São Paulo enviaram um ofício à Prefeitura cobrando a apresentação de informações sobre o plano de contingência elaborado para atendimento das famílias que moram em favelas em São Paulo.
Os promotores destacaram que as comunidades mais pobres na cidade, em geral, não possuem infraestrutura básica, como abastecimento de água e coleta de esgoto doméstico. O Ministério Público também apontou a concentração populacional nessas áreas, visto que é comum que diversos membros da mesma família morem em espaços bem reduzidos, em um ambiente em que, segundo os promotores, a propagação do vírus tende a ser facilitada.
Em ofício encaminhado à Prefeitura, o Ministerio Público citou uma pesquisa que indica que sete em cada dez famílias que moram em favelas afirmam terem sentido uma redução na renda desde o início da pandemia, e que 79% já começaram a cortar gastos por conta da crise.
“Boa parte das favelas está localizada nas periferias, distantes de unidades básicas de saúde e de hospitais e onde a oferta de transporte público nunca atendeu, de forma adequada, a demanda existente”, afirmaram os promotores.
No documento, os integrantes do Ministério Público pedem que as medidas tomadas pela Prefeitura sejam enviadas em até dez dias.