Presidente da Sadia teme desabastecimento por pânico

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Foto: Reprodução

Quando as primeiras medidas de restrição de circulação começaram a ser discutidas por estados e municípios, na semana passada, levantando preocupações com o abastecimento de alimentos, Lorival Luz, presidente da BRF (dona das marcas Sadia e Perdigão), assumiu nova atribuição: explicar a cadeia produtiva, destacando, desde a importância de ter borracharia nas estradas até as embalagens. Na sexta, em conferência com Bolsonaro e empresários, Luz falou da necessidade de preservar o fornecimento.

“A nossa indústria começa no produtor que colhe o grão. Precisa de um caminhão com um motorista para levar à fábrica de rações, onde alguém tem de estar trabalhando, e depois distribuir para granjas, incubatórios de aves, suínos”, afirma Luz.

Se a cadeia for rompida, os animais morrem, disse o executivo à coluna. “E gera um outro problema, que é o processamento sanitário dessa enorme quantidade de animais”, afirma.

“Depois começa uma segunda etapa: o transporte até as fábricas. Lá, o nosso time produz, faz nuggets, presunto, lasanha. É uma atividade de pessoal intensivo e precisa de embalagens, que chegam de caminhão. Se fura um pneu, precisa ter uma borracharia”, diz Luz.

O executivo segue explicando em detalhes o caminho até a prateleira do supermercado e pequeno varejo de bairro, onde há mais trabalhadores para repor os produtos.

Neste domingo (22), entidades do setor como Abia(alimentos), Abicab (chocolates e balas), Abrafrigo (frigoríficos), ABPA (proteína animal), Abir (refrigerantes)e Abiec (indústrias exportadoras) convocaram um aplausaço nas janelas para homenagear seus trabalhadores da indústria de alimentos.

“Conseguimos ficar meses sem comprar uma roupa. Mas não ficamos uma semana sem comer.”
Lorival Luz, Presidente global da BRF

Folha