Racistas que atacaram Maju são condenados a prisão
Foto: Reprodução/Rede Globo
Ao condenar dois por racismo e injúria racial contra a jornalista da Rede Globo Maju Coutinho, o juiz Eduardo Pereira Santos Júnior, da 5.ª Vara Criminal da Comarca da Capital, afirmou que ‘a escolha da vítima não foi à toa’, e afirmou que, por atacarem uma pessoa pública, os acusados visavam ‘ampla repercussão de suas mensagens segregacionistas’.
“Jornalista e apresentadora, competente e carismática, Maju, como é conhecida do grande público, foi eleita pelos réus por sua grande exposição no Jornal Nacional da Rede Globo. O ataque racista, desse modo, não estaria restrito a um gueto ou ao submundo da internet no qual transitavam os acusados”, escreveu.
O magistrado ressaltou que restaram provados os crimes de racismo e injúria racial. “O racismo, no caso, deu-se em sua forma qualificada, eis que as frases de ódio racial e de cor foram publicadas na página virtual do Jornal Nacional da Rede Globo, ou seja, em ambiente de amplo acesso ao público. Está caracterizado também o crime de injúria racial.”
As informações foram divulgadas pelo site do Tribunal de Justiça de São Paulo. A ocorrência foi registrada em 2014, quando os acusados usaram perfis falsos nas redes sociais, com o objetivo de ofender a jornalista. Os sentenciados são Érico Monteiro dos Santos e Rogério Wagner Castor Sales.
Rogério pegou cinco anos de prisão, e Érico, seis. As penas serão cumpridas em regime semiaberto. Outros dois indiciados foram absolvidos por falta de provas. Eles vão recorrer da sentença em liberdade, porque estão ausentes os pressupostos da prisão preventiva.