Regina Duarte tenta ajudar artistas em meio ao coronavírus
Foto: Reprodução/TV Globo
Desde que instituições artísticas foram fechadas e eventos adiados por conta da epidemia de coronavírus, o telefone de Regina Duarte não para. São colegas artistas pedindo socorro, porque tiveram que interromper apresentações e projetos, sem saber como pagar as contas (e, no caso dos centros culturais, manter os funcionários) no fim do mês. Nesta segunda-feira, a secretária especial da Cultura reuniu seus subsecretários para debater a situação, que tende a ficar mais dramática nas próximas semanas.
– A gente tem que buscar medidas para mitigar os danos causados pela epidemia – disse Regina, via sua assessoria.
Não há, contudo, como oferecer respostas imediatas a artistas e produtores. Por alguns motivos. O principal deles é a falta de autonomia financeira da secretaria. Para complicar, ela tem a particularidade de estar com tentáculos, digamos, entre dois ministérios. Até o começo de novembro, ela esteve vinculada ao da Cidadania, e depois passou para o Turismo. Acontece que a transição ainda não está completa, e boa parte de sua estrutura formal ainda está ligada ao primeiro. A ideia agora é reunir os departamentos jurídicos das três esferas para conversar.
Há também as particularidades de cada área cultural. O Instituto Brasileiro dos Museus, por exemplo, fechou 34 museus federais. A secretaria não pode se sobrepôr a decisões municipais e estaduais.
Se não há respostas, a secretaria dá ao menos uma recomendação. Que os produtores culturais documentem tudo o que estão passando. Adiamentos, cobranças, negociações com fornecedores. Para que depois possam negociar saídas.