Bolsonaro é vaiado ao chegar em padaria. Assista

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Foto: Reprodução

Defensor da reabertura imediata do comércio, o presidente Jair Bolsonaro deixou o Palácio do Planalto no final desta tarde para ir a uma padaria, em Brasília. Ao chegar no Palácio da Alvorada, conversou com apoiadores sobre a pandemia de coronavírus e voltou a defender que todas as atividades econômicas são essenciais.

O presidente visitou a padaria Pão Dourado, na 302 Norte. No local, o presidente abraçou e tirou fotos com funcionários, bebeu um refrigerante e comeu um salgado. Do lado de fora, conforme vídeos divulgados nas redes sociais, houve manifestações contra o presidente com gritos de “fora Bolsonaro”.

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que acompanhou o pai no passeio, compartilhou um vídeo em seu Twitter no qual é possível ver alguns funcioncionários que retiraram as máscaras de proteção que usam para trabalhar para posar em fotos ao lado do presidente, que também estava sem máscara, assim como a sua comitiva.

Segundo as imagens compartilhadas por Eduardo, assim como outras que circulam pela rede social, a presença de Bolsonaro gerou aglomeração do lado de fora do estabelecimento.

– Parei em uma padaria agora para tomar uma coca-cola – afirmou aos apoiadores, no Palácio da Alvorada, depois de receber pedidos para continuar defendendo o fim do isolamento social na pandemia. – Você sabe o que é para mim atividade essencial? Toda aquela que é necessária para levar um pão para a tua filha — complementou.

O presidente reiterou à plateia que considera inevitável que 70% dos brasileiros sejam infectados pelo coronavírus. Bolsonaro não respondeu aos questionamentos da imprensa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS), as demais autoridades da área de saúde, porém, afirmam que o distanciamento social é importante para reduzir o número de mortes. No caso da OMS e dos principais economistas do mundo, há ainda a recomendação de que os governos promovam medidas que ajudem a população que perde renda com a paralisação das atividades. A efetividade no envio dos auxílios é a maior cobrança a governos.

Na quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu que governos estaduais e municipais têm poderes para decretar medidas restritivas durante a pandemia – entre elas, o isolamento social, a quarentena, a suspensão de atividades de ensino, as restrições de comercio, atividades culturais e à circulação de pessoas -, mesmo que o governo federal tome depois medida em sentido contrário.