Bolsonaro fala e as panelas batem

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Foto: FABIO MOTTA / Agência O Globo

Ocorreram panelaços em diferentes localidades do país durante a fala do presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre o anúncio da demissão do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro. O pronunciamento do presidente à imprensa, transmitida pela televisão, a partir das 17h, gerou novamente a manifestação nas janelas, uma atitude que foi registrada em diversas ocasições em meio à pandemia do novo coronavírus.

No Rio de Janeiro, foram escutados gritos e batidas de panela nos bairros de Humaitá, Copacabana, Botafogo, Flamengo, Ipanema, Lapa, Vila Isabel, Grajaú, e Barra da Tijuca, logo no início do pronunciamento de Bolsonaro.

Também foram ouvidas manifestações o Catete, Largo do Machado, Urca, Jardim Botânico, Recreio, Campo Grande e Engenho Novo. Na cidade de Niterói, na Região Metropolitana, houve panelalos em Icaraí e Santa Rosa, também pouco após o começo da fala do presidente. Depois da fala do presidente, os panelaços foram retomados em alguns destes bairros.

Assim que apareceu na televisão, os paulistanos passaram a bater panela em vários bairros de São Paulo. Tambem foram registrados “buzinaços” contra Bolsonaro e sons de apitos.

 

Das janelas de bairros como Consolação, Jardins, Moema, Pinheiros, Vila Mariana, Butantã, Jabaquara as pessoas ainda gritavam “Fora, Bolsonaro!”. Em algumas áreas da cidade, moradores soltam fogos enquanto Bolsonaro faz seu pronunciamento.

Houve registro de panelaço também em outras capitais, como Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Vitória.

 

 

 

Nas redes sociais, a indignação de internautas tambem se destacou. As hashtags #ForaBolsonaro e #AcabouBolsonaro entraram nos assuntos mais comentados do Twitter, com 180 mil menções e 23,8 mil, por volta das 17h30.

Uma das manifestções mais recentes ocorreu após a saída do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Nesta sexta-feira, o movimento ocorreu logo após o fim do pronunciamento de Moro, que começara às 11h. O anúncio foi feito após divergências com o presidente, por ter discordado da exoneração do diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo.

O Globo