Doria pede para que empresas não demitam durante a crise
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), fez nesta segunda-feira (6) uma apelo às empresas para que elas não façam demissões durante a crise do coronavírus.
Ao iniciar entrevista coletiva em que anunciou a prorrogação do isolamento do estado, Doria pediu a dirigentes e acionistas de médias e grandes empresas para que exerçam responsabilidade social e lado humanitário.
Ele chegou a falar na necessidade de uma “visão correta de não buscar o lucro a qualquer preço”.
“Compreendo a dimensão, as restrições e a dificuldade empresarial em um momento tão difícil e tão drástico como esse, mas parte do sentimento de um bom empresário é a sua retribuição social, é a sua capacidade humana”, disse.
Doria vem sendo alvo de críticas pelo Jair Bolsonaro (sem partido), que pressiona por medidas menos restritivas de isolamento. Na entrevista desta segunda, listou autoridades políticas, econômicas e da área de saúde que defendem o isolamento social no combate à pandemia.
No domingo (5), um grupo de cerca de 200 simpatizantes do presidente protestou em São Paulo contra as medidas adotadas para evitar a disseminação do novo coronavírus. Primeiro, a manifestação ocorreu em frente à sede da Fiesp (federação das indústrias de São Paulo), entidade aliada a Bolsonaro.
Depois, seguiu para se manifestar diante da Assembleia Legislativa, onde gritou palavras de ordem contra o isolamento e o governador, adversário político do presidente.
Dirigindo-se aos empresários, Doria afirmou que o momento é de reconhecer que “sem aqueles que são seus funcionários, jamais teriam chegado onde chegaram”.
“Mais do que nunca, seus funcionários esperam isso de vocês. O sofrimento é de todos, mas principalmente dos que depende do salário para sobreviver”, disse.
O governador também prometeu divulgar o nome de todos os que firmarem o compromisso de manter empregos no período e citou empresas como Alpargatas, BMG, Bradesco, Itaú, Pão de Açúcar e Santander.
Como antecipou o Paniel S.A. nesta segunda, mais de mil empresas assinam um manifesto no qual se comprometem a não demitir.