EUA têm mais de 10 mil mortes por novo coronavírus

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Foto: Reprodução

Os Estados Unidos chegou, nesta segunda-feira, a mais de 10 mil mortes causadas pelo novo coronavírus, segundo um levantamento da Universidade Johns Hopkins. Ao todo, ao menos 10.335 morreram da doença no país. Com mais de 338 mil casos confirmados da Covid-19, o país é o terceiro mais afetado, ficando atrás da Itália e Espanha. Ao todo, no mundo, mais de 70 mil pessoas morreram devido a pandemia.

A Casa Branca alertou, nesta segunda, que os americanos devem se preparar para enfrentar uma semana marcada pela “morte” e por “tristezas”, à medida que o número de infectados no país aumenta — os EUA já tem mais casos do que a soma dos diagnosticados dos dois países europeus mais afetados pelo coronavírus. Porém, mesmo com as cifras já altas, é possível que a incidência da doença nos Estados Unidos seja ainda maior, segundo autoridades médicas americanas afirmaram.

Segundo especialistas e profissionais de saúde, o verdadeiro cenário da Covid-19 no país acaba sendo subestimado devido a falta ou atraso dos testes para detectar a Covid-19 em muitas partes do Estados Unidos, além da capacidade de espalhar os vírus de quase metade dos infectados sem sintomas. Mesmo com o número de mortes passando dos 10 mil, os Estados Unidos ainda não conseguem mensurar o impacto da pandemia em seu território.

— Essa será a semana mais difícil e mais triste da vida da maioria dos americanos, sendo bem franco. Esse será o nosso momento de Pearl Harbor, o momento do 11 de setembro, mas não será restrito a uma área — declarou em entrevista a Fox News o cirurgião-geral dos EUA, Jerome Adams, que atua como o ministro da Saúde do país — Isso vai acontecer em todo o país, e eu quero que os EUA entendam isso.

O secretário assistente de Saúde, o médico Brett Giroir, também afirmou que os Estados Unidos devem se preparar para o “pico de morte” que acontecerá nesta semana, no país. Em entrevista ao programa “Good Morning America”, do canal ABC, as unidades de tratamento intensivo devem chegar ao máximo de seu esgotamento por agora.

— Está semana será o pico de internação, o pico nas UTIs e, infelizmente, o pico das mortes — afirmou Giroir.

O médico chamou atenção para a situação de Nova York, Nova Jersey, Connecticut e Detroit, regiões bastantes afetadas pela Covid-19. Por sua vez, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse nesta segunda que os dados mais recentes do estado mostram que a crise do coronavírus pode estar se estabilizando e afirmou que isso é um sinal de que o isolamento está funcionando. Por isso, ele estendeu por mais duas semanas o fechamento de escolas e serviços não essenciais, prolongando o prazo até 29 de abril.

Apesar do cenário, governadores de oito estados americanos relutam em declarar quarentena. São eles Arkansas, Iowa, Nebraska, Carolina do Norte, Carolina do Sul, Utah e Wyoming. E na Georgia, que já registrou mais de 200 mortes e 6.600 casos, o governo estadual pediu para que a população ficasse em casa, mas permitiu que algumas praias fossem abertas.

Algumas igrejas, de estados diversos, também foram contra a orientação dos especialistas de evitar aglomerações e fizeram grandes cultos no Domingo de Ramos.

O Globo