Milicos dão mega festa com Bolsonaro

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Foto: Reprodução

O governo continua ignorando de forma solene as medidas restritivas impostas pela epidemia da Covid-19, que já matou quase 6.000 brasileiros. E os militares aderiram aos eventos, como se só os brasileiros que carregam o piano da máquina pública tivessem que evitar aglomerações e obedecer a restrições. É uma eterna celebração na caserna.

Veja o que aconteceu nesta quinta na troca do Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, com a presença de Jair Bolsonaro e seu staff fardado. Num almoço com presença de dezenas de oficiais, deputados e seguranças e assessores do presidente, praticamente apenas os garçons usavam máscaras.

Uma live de 15 minutos de um deputado aliado, Bibo Nunes (PSL-RS), revelou a desconsideração total com o risco de contaminação. O parlamentar saiu filmando toda a cena. Eram rodinhas de conversas, cumprimentos, pessoas próximas umas das outras.

Muitos deles conversavam com Bibo, caso de Bolsonaro, do vice Hamilton Mourão, do comandante do Exército, general Edson Pujol, entre outros. E faziam brincadeiras, como o ministro Luiz Eduardo Ramos, que contou que “tirou do armário o uniforme que estava até mofado”.

Mourão, sem máscaras, aparece no vídeo com uma “mensagem de otimismo” e disse que a situação, da pandemia, logo será superada e “estaremos todos retomando a nossa vida normal”. No governo, a vida segue normal. Não há geladeira vazia, restrições de festas nem comes e bebes.

Nas palavras de Bibo, ali era “clima de Brasil”, só tinha patriotas. “Não tem ninguém a favor do comunismo, do socialismo”, comemorou.

O deputado Helio Negão (PSL-RJ), atração ambulante nas agendas de Bolsonaro, foi na mesma linha. “Vamos combater o comunismo, o aborto. Nossa bandeira é verde e amarela”, disse, como quem ainda não abandonou a campanha eleitoral.

Bolsonaro foi abordado quando estava numa alegre roda de conversa. Fez apenas uma saudação ao povo gaúcho. O presidente não tem vontade de sair da bolha palaciana para ver o horror nos hospitais do país, mas para fazer festa ele sai. Ninguém é de ferro, afinal.

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