Venda de cloroquina dispara sem recomendação médica
A procura por hidroxicloroquina no Brasil registrou, em março deste ano, um aumento de 199% em comparação com fevereiro. O consumo, que antes se mantinha numa média de 80 mil caixas mensais, foi de mais de 230 mil unidades neste mês.
As prescrições médicas da hidroxicloroquina aumentaram 35% no mesmo período. Os dados são de estudo realizado com mais de 20 mil farmácias do país pela consultoria Close-Up e pela agência McCann Health.
RANKING
Entre os estados, São Paulo lidera a demanda com 71,7 mil unidades vendidas, o que representa um crescimento de 273% nas vendas em relação a fevereiro. Em seguida aparecem os estados de Minas Gerais, com a venda de 33,4 mil caixas, e Rio de Janeiro, com 31,9 mil.
RECOMENDAÇÃO
As especialidades que mais indicaram o remédio foram as de cardiologistas e clínicos gerais, com um aumento de 49,1% e 47,1% no número de receitas prescritas, respectivamente. Entre reumatologistas, que costumam receitar hidroxicloroquina para artrite reumatoide, o valor caiu 13,7%.
CORRIDA
“É uma situação esperada”, avalia o vice-presidente para América Latina da Close-Up, Paulo Paiva, em referência à exposição que o medicamento ganhou por estar sendo testado contra o novo coronavírus. “Mas o que vemos com esses dados, por ora, é a antecipação de compra por pessoas que já faziam o uso de hidroxicloroquina.”