Bolsonarista que agrediu enfermeira ataca de novo

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução

Conhecido nacionalmente após agredir enfermeiras durante uma manifestação pacífica em Brasília, o defensor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Renan da Silva Sena voltou a ofender populares, nesta quinta-feira (21/05), durante ato na Esplanada dos Ministérios. Desta vez, mirou numa mulher negra que passava pelo local onde estavam aglomerados integrantes do grupo 300 do Brasil.

Ao participar de protesto favorável ao titular do Palácio do Planalto, o extremista passou a direcionar ofensas e agressões verbais para a uma pedestre que estava desacompanhada e sem itens nas vestimentas que pudessem identificá-la se integrava a defesa ou a oposição do chefe do Executivo. O momento exato foi gravado pela repórter fotográfica do Metrópoles, Rafaela Felicciano.

“Assassina, ‘abortista’. Enfia esse dedo na sua bunda. Vai botar o dedo para a sua mãe. Está gravando o que, assassina? Vocês são covardes, assassinos de crianças. Vagabunda, assassina de crianças”, gritava, enquanto seguia a mulher.

Sem muita firmeza, uma acompanhante do agressor tentou acalmá-lo, mas não obteve sucesso.

Identificado em vídeos que viralizaram na internet, Renan da Silva Sena era funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Nas imagens, ele xinga e cospe nas enfermeiras durante o ato realizado no feriado do dia 1º de maio.

Após ser identificado, Sena foi demitido pela empresa G4F Soluções Corporativas Ltda, dona do contrato com a pasta. O grupo empresarial descobriu que, embora estivesse no regime de teletrabalho em decorrência da pandemia do novo coronavírus, ele não prestava contas do trabalho para a chefia imediata.

Por vários dias, o militante foi procurado por integrantes da empresa, mas não era encontrado. Sena atuou como analista de projetos do setor socioeducativo. A G4F Soluções Corporativas Ltda. presta serviços nas áreas de apoio administrativo e operacional no ministério em contrato de R$ 20 milhões.

Em nota, a empresa argumentou que “a decisão acerca do desligamento do então colaborador já havia sido tomada antes mesmo do dia 1º de maio e o ex-colaborador fora afastado de suas atividades junto ao ministério desde o dia 23 de abril, não exercendo quaisquer atividades relacionadas ao órgão a partir daquela data. Assim, ele seria desligado ainda que não tivesse participado dos episódios lamentáveis e absolutamente condenáveis aos quais está supostamente vinculado”.

Nessa quarta-feira (20/05), Renan se envolveu em outra confusão. Ele foi agredido por um homem enquanto filmava um protesto que pedia a saída do presidente Jair Bolsonaro.

Metrópoles