Bolsonaro muda delegados da Lava Jato na PF
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, efetivou nesta segunda-feira (11) mudanças na pasta antes comandada por Sergio Moro, com uma série de exonerações e nomeações publicada no Diário Oficial da União (DOU). Pelo menos dois servidores substituídos tiveram participação importante na operação Lava Jato no Paraná.
Mendonça trocou diretores de três áreas na Polícia Federal: a Gestão de Pessoal, na qual substituiu Delano Cerqueira Bunn por Cecília Silva Franco; a Administração e Logística Policial, com André Viana Andrade no lugar de Roberval Ré Vicalvi; e a Técnico-Científico, em que Alan de Oliveira Lopes ocupará o posto antes de Fabio Augusto da Silva Salvador.
Vicalvi e Salvador fizeram carreira na PF do Paraná, com atuação de destaque nos processos da Lava Jato. O primeiro era o número 2 na superintendência daquele estado enquanto o segundo comandou as milhares perícias realizadas pela operação.
Eram muito próximos do ex-diretor-geral da PF Maurício Valeixo – que os nomeou para os cargos – e, portanto, pessoas da confiança de Moro.
Já Bunn era cotado para assumir cargos mais altos na PF em uma possível gestão de Alexandre Ramagem, mas o bloqueio da nomeação dele para diretor-geral da corporação mudou os planos no governo.
A assesoria do Ministério da Justiça afirmou à CNN que não comentará as exonerações já que alterações na PF devem ser apuradas com a própria polícia.
A reportagem entrou em contato com o PF para saber se a organização quer se pronunciar sobre as modificações, mas ainda não recebeu uma resposta. Tão logo a PF responda, esta matéria será atualizada.
Na mesma edição do DOU que o exonerou, Bunn – ainda como Diretor de Gestão de Pessoal da PF – também assina portarias para três mudanças na polícia. Uma delas substituí o Chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas em Goiás. As outras tratam de cumprimento de decisões judiciais.
Já o novo secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Tercio Issami Tokano, fez uma troca pontual no Maranhão, tornando sem efeito uma portaria de março que havia determinado o nome do coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai).