Como Heleno, Braga Netto promete não dar golpe

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Foto: Marcos Corrêa/PR

Em audiência virtual com deputados e senadores, o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, negou a possibilidade de o governo dar um golpe militar. Disse que o governo de Jair Bolsonaro é de “centro-direita” e tem posições democráticas.

— O governo é democrático, é um governo de centro-direita. Isso é teoria conspiratória que não existe — afirmou, em resposta à senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) — Não tem nada de golpe de Estado.

Braga Netto também foi cobrado por parlamentares na liberação de verbas no combate ao coronavírus. Apesar de já ter destinado um orçamento de R$ 40 bilhões no combate ao coronavírus no país, o governo federal liberou apenas R$ 9,24 bilhões até o momento.

Nesta quinta-feira, em uma “live”, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, negou também a possibilidade de um golpe. Disse que “isso não passa na cabeça dessa nossa geração, que foi formada por aquela geração que viveu todos aqueles fatos, como estar contra o governo, fazer uma contrarrevolução em 1964″.

O deputado Francisco Jr. (PSD-GO) questionou ainda o ministro a respeito do prazo das medidas financeiras de combate ao coronavírus. Disse que, segundo o ministro da Economia Paulo Guedes, há um plano para verbas extras por três meses. Caso nós a extrapolemos, (….) nós estamos preparados para isso?”, questionou o deputado.

Perguntado sobre a defesa de Jair Bolsonaro do uso indiscriminado da cloroquina no tratamento do novo coronavírus, Braga Netto defendeu a medicação. Disse que tomou a droga por um ano quando participou de ação da Organização das Nações Unidas (ONU), para o tratamento de malária — no qual o medicamento é eficiente.

Quem não quiser usar a droga, pode assinar um termo dizendo isso, defendeu o ministro da Casa Civil, citando uma fala semelhante de Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos. A eficácia da cloroquina para o tratamento do Covid-19 não é comprovada, e há estudos relatando piora de pacientes após o uso.

O Globo