Doria promete lutar contra volta da ditadura
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Em meio a ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta sexta-feira que o país não voltará a ter uma ditadura e cobrou ações do governo federal no combate à pandemia de covid-19.
Em entrevista à imprensa, Doria afirmou que o Brasil se tornou epicentro global da pandemia e que o governo federal se mostra ausente. “[Bolsonaro] está ausente na luta para salvar vidas, no apoio aos profissionais de saúde e na solidariedade aos mortos e enfermos”, afirmou o tucano, ex-aliado e atual rival político do presidente.
“Ouvimos palavras e palavrões contra o STF, contra instituições, contra a democracia, contra investigações. Ouvimos também mais uma vez palavras que ofendem palavras de judeus e milhares de pessoas perseguidas pelo nazismo”, criticou o governador.
Doria disse que o país vive “tempos de exceção”, mas por conta da covid-19. “Estamos vivendo tempos de exceção. Exceção porque estamos em meio a uma gravíssima pandemia”, disse. Em seguida, atacou o presidente. “Vamos parar com essa marcha da insensatez e de ameaça à democracia”, afirmou. “Vamos respeitar a história, que não torna em glória regimes autoritários e de ditadores”. Segundo o tucano, “esse é o lado triste da história mundial e deste país”.
“Precisamos trocar o gabinete do ódio pelo gabinete do diálogo. Precisamos de um governo de construção nacional. A ditadura não vai voltar ao Brasil; nós não deixaremos”, declarou o governador. “Nós, brasileiros de bem, não permitiremos a volta da ditadura”, disse.
O governador criticou o uso de símbolos nacionais por apoiadores do presidente. “A bandeira brasileira é do povo, da nação, não de um partido, de uma ideologia ou da vocação de alguns, que são falsos patriotas”, afirmou. “O país não é a pátria do ódio.” — Foto: Governo do Estado de São Paulo