Empresas abandonam capitalismo e pedem Estado na economia
Insatisfeitos com a escassez de empréstimos bancários em tempos de recessão, empresários fizeram sugestões ao ministro Paulo Guedes (Economia), em reunião na última quinta (7). As médias e grandes empresas querem entrar na linha de crédito que ajuda a pagar salários, limitada a companhias com faturamento de até R$ 10 milhões por ano e hoje pouco acessada. Outro pedido é estruturar uma nova modalidade de crédito para pessoas que pagam financiamento imobiliário.
Alavanca Segundo relatos, Candido Bracher, presidente do Itaú, sugeriu usar a parte já paga do imóvel no financiamento habitacional como garantia de novas operações de crédito. Para os bancos, é preciso ampliar mecanismos que deem segurança para emprestar.
PIB No encontro estavam ainda Abilio Diniz, da Península, Paulo Moll, da rede D’or, Rubens Menin, da MRV, Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, David Feffer, da Suzano, Eugênio de Zagottis, da Droga Raia, Edson Queiroz, do grupo Queiroz, e Paulo Skaf, da Fiesp. A queixa do entupimento do crédito é generalizada.
Fila Guedes tem dito a auxiliares que chegou a hora de tratar das finanças privadas, passada a etapa de socorro a estados e municípios. E que só esperava pela aprovação da PEC do Orçamento de guerra para irrigar fundos de garantia com dinheiro do Tesouro.
Davi x Golias Enquanto as capitais esperam ansiosamente a sanção de Jair Bolsonaro do projeto de socorro a estados e municípios, os prefeitos das pequenas cidades receberam na última quinta-feira (7) a segunda parcela da recomposição do FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Ao todo, já foram repassados quase R$ 2 bi.