Imagens de celular de Moro incriminam Bolsonaro

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Foto: Adriano Machado/Reuters

O conjunto de mensagens de WhatsApp juntadas no inquérito que investiga a atuação de Jair Bolsonaro para aparelhar a Polícia Federal tem um trecho em que o presidente deixa claro a Sergio Moro que não “irá se omitir” em fazer trocas no governo para passar a ser informado “por terceiros” no governo.

‘Força Nacional, Ibama e Funai… As coisas chegam a mim por terceiros, não vou me omitir’, diz Bolsonaro em nova mensagem, por volta de 8h da manhã de 22 de abril, antes da famosa reunião ministerial.

A resposta de Moro para a cobrança já havia sido tornada pública por Bolsonaro no início do mês. “O Coronel Aginaldo da FN também nega envolvimento nas destruições. A FN só acompanha o Ibama nas operações para segurança dos agentes, mas não participa da destruição.”

Moro se referia ao coronel Antônio Aginaldo de Oliveira, comandante da Força Nacional. O ex-ministro foi padrinho de casamento de Oliveira com a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).

O presidente também encaminha notícias a Moro sobre o avanço do inquérito do STF contra deputados bolsonaristas aliados. Moro tenta convencer o presidente de que não é possível interferir no caso. “Não tem como negar o atendimento à requisição do STF”, diz Moro sobre a tentativa do presidente de barrar as investigações.

O conjunto de conversas juntado no inquérito tem 33 mensagens trocadas entre Bolsonaro e Moro, boa parte delas já públicas.

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