Justiça investiga faculdades que usam robôs

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Istock

Com a quarentena, as escolas e faculdades tiveram que se adaptar e gerar conteúdos em vídeo para os alunos como alternativa às aulas presenciais — que não podem acontecer devido a pandemia.

Porém, no inicio do mês, a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública notificou duas importantes faculdades de São Paulo: FMU e Anhembi Morumbi.

Elas fazem parte da Rede Educacional Laureate e estariam usando robôs para a corrigir as atividades textuais dos alunos de cursos EAD sem o consentimento deles.

Uma aluna do 5º semestre de Turismo na Universidade Anhembi Morumbi, que não quis se identificar, disse que 20% das suas atividades da graduação são realizadas no EAD. Ela relata que desde o início do curso a universidade não deixou claro como eram feitas as correções.

A estudante conta que a faculdade informou que as atividades passavam por um filtro de professores que corrigiam, mas que não chegou até ela a informação de que isso mudaria e que passariam a usar inteligência artificial.

As faculdades têm o prazo de 10 dias para responder. Caso não respondam no prazo estipulado ou haja mais indícios de violação de direitos dos consumidores, a Senacom poderá instaurar processo administrativo e uma imposição de multa.

A Laureate respondeu, em nota, que novas tecnologias, como a inteligência artificial, estão sendo avaliadas e que a ferramenta citada está ainda em fase de testes com execução assistida e a correção automática de algumas avaliações das disciplinas online.

De acordo com o grupo, isso representa apenas 1,7% do total de atividades acadêmicas realizadas pelos alunos. O recurso nunca teve o intuito de substituir o papel essencial dos professores e todos os alunos das instituições serão informados quando a solução for lançada oficialmente.

Jovem Pan