Lula reitera “fora, Bolsonaro”

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (6) que defende a saída do cargo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Eu tô nessa do Fora Bolsonaro. Ele não tá qualificado como ser humano pra presidir um país”, escreveu o petista, em sua conta oficial no Twitter.

A fala foi retirada de mais uma transmissão ao vivo que o ex-presidente fez hoje, em que discutiu com aliados políticos a condução da crise da pandemia do novo coronavírus. A publicação, que foi imediatamente fixada (quando se torna a destacada do perfil de determinado usuário), marca uma inflexão no discurso de Lula ao longo da atual crise.

Até o começo de abril, o discurso oficial do ex-presidente e do PT, que é a maior bancada da Câmara dos Deputados, era o de que Bolsonaro havia sido eleito para um mandato de quatro anos e que o partido não deveria endossar uma campanha para que fosse retirado prematuramente do cargo.

“Elegemos uma pessoa que tem desprezo pelas relações humanas. O Bolsonaro não tem condições de gerir a pandemia porque ele não acredita nela. Ele acha que o Brasil está imune, enquanto o país pode se tornar o epicentro do coronavírus”, afirmou Lula durante a transmissão de hoje.

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No final do mês passado, as bancadas do PT na Câmara e no Senado já haviam anunciado a defesa de “uma campanha por mudanças institucionais e políticas para garantir a democracia no país, em defesa da vida e contra a manutenção de Jair Bolsonaro à frente do governo”.

No entanto, mesmo depois disso, o ex-presidente havia defendido que o partido tivesse cautela a respeito de impeachment e não apresentasse sozinho um pedido de afastamento de Bolsonaro. Lula também tem evitado endossar as críticas a Bolsonaro oriundas do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que, enquanto juiz federal, foi responsável por condená-lo no âmbito da Operação Lava Jato.

“Não pode haver inversão da história. O Bolsonaro é filho do Moro, e não o Moro cria do Bolsonaro”, escreveu o ex-presidente, também nas redes sociais.

CNN