PM tem que separar briga de manifestantes pró e contra Bolsonaro

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Ocupada nos últimos dias apenas por apoiadores de Jair Bolsonaro, a praça dos Três Poderes, entre Planalto, Supremo e Congresso, recebeu na manhã desta quarta-feira (20) um grupo de manifestantes que pede a saída do presidente.

O grupo de cerca de 50 pessoas chegou ao local no fim da manhã com bandeiras do PT, do PCO e da UP (Unidade Popluar), além de faixas onde se lia “Fora Bolsonaro” e “#ForaMiliciano”, por exemplo. Houve um breve desentendimento com um homem que filmava os manifestantes de esquerda.

Era Renan da Silva Sena, que no início do mês agrediu enfermeiros que protestavam no mesmo lugar. Um ativista de esquerda deu um tapa e chutou o celular de Renan, que foi protegido pela segurança da Presidência.

O grupo contra Bolsonaro ficou do lado direito da praça, pela perspectiva de quem olha do Planalto. Do lado esquerdo, o grupo bolsonarista, em número menor, com uma grande faixa amarela de apoio ao presidente. Eles gritavam “mito”, “fora comunista” e “a nossa bandeira jamais será vermelha”.

Entre os dois, permaneceu um grupo de policiais militares. A PM se espalhou em cordões pela praça. Do outro lado da praça, no Congresso Nacional, ficaram homens da cavalaria e do Corpo de Bombeiros.

Quatro homens do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), responsável pela segurança de Bolsonaro, foram até os manifestantes. O chefe do GSI, general Augusto Heleno, acompanhou parte do ato do quarto andar do Palácio do Planalto.

Nos últimos dias, um grupo pró-Bolsonaro está acampado na Praça dos Três Poderes. Próximo dali, no estacionamento do Ministério da Justiça, há um outro bolsonarista instalado. Eles costumam gritar palavras de ordem a favor do presidente que, vez ou outra, aparece na rampa do palácio para saudá-los.

Folha