Weintraub nomeia apadrinhada inexperiente

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Foto: Reprodução

O Secretário-Executivo do Ministério da Educação nomeou, nesta sexta-feira (15/05), a pedagoga Gabriela Carvalhedo Barros para um cargo de gestão, com salário alto, de R$ 10,3 mil, na Diretoria de Administração do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Sem formação técnica na área, Gabriela tornou-se Coordenadora-Geral de Gestão de Pessoas e Organizações, setor que cuida de contratos milionários da pasta. Ela substituiu a servidora de carreira Ediene Vasconcelos Chaves, que acumulava anos de trabalho no MEC. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (15/05).

Mesmo antes de ingressar na pasta, em fevereiro deste ano, Gabriela era próxima a pessoas do entorno da administração do ministro Abraham Weintraub. Entre eles, o assessor especial do titular da pasta, Auro Hadano Tanaka, com quem mantém contato frequente há pouco mais de um ano.

A indicação de Tanaka foi decisiva para a ascensão da pedagoga na gestão de recursos humanos do ministério. E gerou protestos de outros servidores da área. Ao menos quatro funcionários do entorno de Tanaka e Gabriela protestaram quanto à falta de credenciais dela no campo de atuação.

A única experiência de Gabriela com gestão de pessoas, sua nova atribuição no FNDE, começou ainda neste ano, quando se matriculou em um curso de pós-graduação à distância em gestão. Antes disso, ela atuou como professora do Ensino Fundamental em colégio infantil.

Depois de passar por duas escolas, em 2018, foi secretária na assessoria do gabinete do ministro da Educação e lidava com a agenda de compromissos e emissão de passagens à equipe do ministro Mendonça Filho, do DEM. No ano passado, tornou-se analista administrativo: supervisionava denúncias registradas na Ouvidora do FNDE.

Neste ano, antes se ser nomeada na Coordenadoria-Geral de Gestão de Pessoas, por aproximadamente dois meses ela trabalhou com os recursos logísticos do patrimônio do MEC.

Por isso, a sucessão de Ediene Vasconcelos Chaves, encabeçada por Gabriela, chamou a atenção dos colegas, que alegaram falta de experiência para gerir um dos pilares do FNDE, cujo orçamento anual é de R$ 12,15 bilhões.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do MEC para questionar a origem da indicação e o que credenciava Gabriela para o cargo. O ministério respondeu que a indicação era “técnica”.

Metrópoles