Advogado deixa defesa de Sara

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Foto: Instagram / Reprodução

O advogado Bertoni Barbosa de Oliveira deixou a defesa da extremista Sara Giromini, informou ao Estadão na noite desta segunda, 22. Segundo ele, a saída se dá por ‘profundas divergências’ quanto às estratégias dos advogados em relação ao caso. Sara se encontra detida por ordem do ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura o financiamento de atos antidemocráticos.

Com a saída de Bertoni Barbosa, a defesa da extremista continua a ser constituída pelos advogados Renata Cristina Tavares e Paulo César Rodrigues de Faria. “Desejo sucesso para eles e a liberdade para a Sara”, escreveu Barbosa, que não deu mais detalhes. Ele é o segundo a deixar a defesa da extremista. O advogado Claudio Gastão da Rosa Filho abandonou o caso na semana passada.

Sara foi presa na segunda-feira passada, 15, no âmbito do inquérito sobre a organização de atos antidemocráticos. Outros cinco mandados de prisão miraram lideranças do grupo ‘300 do Brasil’, que ela liderava. Segundo apurado pelo Estadão, os militantes são investigados pelo crime de associação criminosa.

O objetivo da prisão, segundo a Procuradoria-Geral da República, ´é ouvir os investigados e reunir informações sobre como funciona o esquema criminoso’. A PGR investiga a ‘real possibilidade’ de associação criminosa que utiliza as manifestações antidemocráticas para obter lucros financeiros e vantagens políticas.

Em depoimento, a extremista negou que o ‘300 do Brasil’ recebesse apoio financeiro de parlamentares ou do governo federal. “O grupo dos ‘300 do Brasil’ apoiam o presidente Bolsonaro, mas não recebem nenhum tipo de apoio financeiro ou de outra espécie do governo”, disse Sara à Polícia Federal.

Sara também é investigada em outro inquérito sigiloso, que apura ‘fake news’, ofensas e ameaças dirigidas ao Supremo, e que igual o anterior, está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes. Foi nesta investigação que ela foi alvo de buscas e apreensões no final de maio.

Além dela, as apurações miram o chamado ‘gabinete do ódio’ do Planalto, deputados bolsonaristas e empresários suspeitos de financiar esquemas de divulgação de peças de desinformação e ameaças contra a Corte.

Estadão