Após recorde de mortes, SP fala em “redução”
Foto: Pedro Carlos Leite/G1
O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido dos Santos, afirmou à CNN que a cidade “vive uma situação sob controle” em relação à pandemia do novo coronavírus. Ele acredita em redução do número de mortes “nos próximos dias” e pondera que o impacto da flexibilização nos índices de contaminação, casos e mortes ainda deve ser analisado.
A declaração foi feita nesta quarta-feira (17), que marca três meses da primeira morte pela Covid-19 no Brasil, registrada na cidade de São Paulo. “Nesse período todo, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo encarou a pandemia com uma linha de cuidado que foi acompanhada desde as unidades básicas até a necessidade eventual de um leito de enfermaria e UTI”, avaliou.
“Com esse trabalho todo acumulado ao longo desses três meses, temos tido uma queda no número de solicitações de internação, desde 1º de junho até ontem. Além de que, ontem, pela primeira vez, a taxa de ocupação dos leitos, na cidade de SP, esteve abaixo de 60%. No final de abril, chegamos a 94% da ocupação dos leitos de UTI”, lembrou.
“Então, hoje vivemos uma situação sob controle. Com essa redução da pressão nos leitos de enfermaria e UTI, acreditamos, nos próximos dias, também em redução do número de mortes”, acrescentou.
O secretário citou que será necessário “um cuidado a mais” em relação à reabertura gradual do comércio na cidade. “Estamos já completando uma semana da abertura de alguns segmentos e os nossos técnicos estão fazendo essa análise de como essa flexibilização pode impactar no sistema de saúde”, informou.
Segundo os dados mais atualizados do Ministério da Saúde, São Paulo registrou 190.285 casos e 11.132 mortes até terça-feira (16).
Santos ainda afirmou não ver contradição entre parques fechados e shoppings abertos e afirmou que a reabertura desses espaços públicos só será discutida após a cidade entrar na fase amarela de flexibilização.
“Estamos analisando isso com nossos técnicos de vigilância e, se nós evoluirmos nos números, não há menor dúvida de que essa é uma área em que, eventualmente, possamos fazer flexibilização”, disse.
“No caso específico dos shoppings, há uma recessão muito grande – com a utilização de 20% da capacidade instalada e com 4h apenas, além da testagem dos funcionários. Há um protocolo bastante rígido sob o ponto de vista de vigilância sanitária e que precisa ser acompanhado”, acrescentou.