Bolsonaro prorroga Forças Armadas na Amazonia legal

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Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro prorrogou por mais um mês a autorização para empregar as Forças Armadas na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em faixas de fronteira, terras indígenas, áreas de conservação ambiental e outras áreas federais na Amazônia Legal.

O prazo se encerrou no dia 10 de junho, mas foi prorrogado para 10 de julho. A alteração foi publicada em edição extra do Diário Oficial na noite desta quarta-feira (10).

O Brasil vem sendo pressionado internacionalmente para ampliar os esforços de combate ao desmatamento na Amazônia. O vice-presidente Hamilton Mourão, à frente do Conselho da Amazônia desde janeiro, admitiu em entrevista ao Valor uma piora no quadro e uma perda na capacidade de fiscalização na área.

“Na Amazônia você precisa de helicópteros, de barcos, de segurança. Muitas das pessoas que trabalham na ilegalidade são criminosos mesmo. É uma ação que tem que ser continuada, não pode ser sazonal. Fizemos a primeira reunião do Conselho e decidimos iniciar uma operação para buscar deter o desmatamento e já preparar o terreno para aquilo que eu considero um objetivo factível deste ano: reduzir ao mínimo possível as queimadas do segundo semestre, que foi o grande problema que nós tivemos no ano passado”, afirmou o vice-presidente ao Valor.

O governo prepara um novo plano de combate ao desmatamento ilegal. A expectativa, segundo um documento ao qual o Valor teve acesso, é que ele seja dividido em cinco eixos: tolerância zero ao desmatamento ilegal, regularização fundiária, ordenamento territorial, pagamento por serviços ambientais e bioeconomia. A ideia é reverter a lógica do desmatamento ilegal, fomentando atividades legais e formais. O documento também fala em “promover a adequada distinção entre desmatamento legal e ilegal”.

Valor Econômico