Centrão vai lucrar com adiamento da eleição

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FOTO DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO

A disputa eleitoral deste ano se transformou, definitivamente, na “eleição da incerteza”, como ela já vinha sendo chamada mesmo antes da pandemia. Há, porém, alguns consensos: 1) o adiamento das datas de votação deve ajudar a governabilidade no âmbito federal (Congresso e Executivo) porque o foco do mundo político no início do segundo semestre ainda tem de ser o enfrentamento da pandemia e as medidas econômicas de recuperação do País; 2) o Centrão, sempre ele, também tende a se dar bem, caso a votação final em dezembro, conforme proposta do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.

Se confirmada a aliança do Centrão com o governo Jair Bolsonaro (como tudo indica), o bloco parlamentar de centro-direita deve chegar ainda mais poderoso no final do ano, portanto, mais bem posicionado para ajudar seus candidatos nos municípios.

Em tese, as campanhas de curto período e pouca visibilidade favorecem quem já está no cargo. Porém, os prefeitos podem sofrer com desgastes da catástrofe sanitária. Quem pisar na bola no controle da covid-19 será cobrado.

Para a oposição a Jair Bolsonaro, a eleição servirá como um laboratório rumo a 2022, especialmente nos grandes centros: se houver aliança entre os partidos e ela for harmoniosa e, principalmente, vitoriosa, abre-se um caminho.

Estadão