Filhos de Bolsonaro tentam impedir demissão de Weintraub

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Foto: Reprodução

Apesar da pressão de diferentes setores pela demissão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, o presidente Jair Bolsonaro ainda estuda a solução definitiva para o cargo. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), parlamentares e até ministros do governo defendem a saída de Weintraub da pasta, por considerar que, além de não ter projeto algum para a pasta, ele é um dos principais entraves para a trégua alegada pelo governo com os outros Poderes.

Weintraub é investigado no inquérito das fake news por ter dito, na reunião ministerial de 22 de abril, cujo conteúdo se tornou público em 22 de maio, que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”. Nesta segunda-feira (15), o STF começou a julgar habeas corpus que pede a retirada do nome do ministro do inquérito. A Corte já formou maioria para que ele continue sendo investigado.

Como o blog publicou na segunda, ministros do STF aguardam a demissão de Weintraub e afirmam terem recebido sinalizações do Planalto de que isso deve acontecer.

Mas fontes governistas ouvidas pelo blog nesta manhã afirmam que o timing da saída não está definido. E que pesa a pressão familiar e a militância bolsonarista, que advogam pela permanência de Weintraub com o argumento de que, nas palavras de um assessor presidencial, “ele tem um simbolismo muito grande” na ala ideológica.

Para a ala ideológica, que tem como principal expoente Olavo de Carvalho, Weintraub tem como um dos principais feitos na área a “limpeza de esquerdistas” do MEC.

Weintraub e Bolsonaro conversaram ontem. Após a reunião, a deputada Carla Zambeli, aliada de Weintraub, disse ao blog que o ministro da Educação ficaria no governo, segundo relato do próprio.

O Planalto não se posicionou oficialmente sobre o tema. O presidente apenas disse que estava buscando uma “solução” para Weintraub.

Para ministros do STF e parlamentares, a permanência de Weintraub no governo é sinal claro de que o presidente não quer diálogo com os outros Poderes e seguirá “radicalizando” no discurso e nos atos.

G1