Flávio Bolsonaro se diz “tranquilo” após prisão de Queiroz

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Foto: Reprodução

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) afirmou encarar com “tranquilidade” a prisão do seu ex-assessor Fabrício Queiroz, ocorrido na manhã desta quinta-feira. Flávio afirmou que a prisão foi feita para “atacar” seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, argumentando que durante seus 16 anos como deputado estadual “nunca houve uma vírgula” contra ele, mas que isso mudou após a eleição de Bolsonaro.

“Encaro com tranquilidade os acontecimentos de hoje. A verdade prevalecerá! Mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro. Em 16 anos como deputado no Rio nunca houve uma vírgula contra mim. Bastou o Presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto!”, escreveu Flávio no Twitter.

Bolsonaro não fez, por enquanto, nenhum comentário sobre a prisão. De manhã, ele saiu do Palácio Alvorada sem falar com apoiadores, como faz quase todos os dias.

Já outro filho do presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), compartilhou uma publicação que traz uma lista de outros deputados investigados pela mesma suspeita — um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) — e questiona porque apenas Queiroz foi preso. “Realmente é um fato no mínimo intrigante…”, escreveu Eduardo.

Fabrício Queiroz foi preso na na manhã desta quinta-feira em operação conjunta do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Polícia Civil de São Paulo denominada Anjo, apelido do advogado de Flávio, Frederick Wassef. O endereço onde Queiroz foi preso está em nome de Wassef, que atua também na defesa de Flávio no procedimento de investigação criminal.

Flávio é investigado junto com Queiroz no inquérito que apura a possível rachadinha. Ele esteve no gabinete de Flávio na Alerj entre 2007 e 2018 e, no período, emplacou sete parentes na estrutura.

O ex-assesor passou a ser investigado após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras enviar um relatório mostrando uma “movimentação atípica” dele de R$ 1,2 milhão, entre 2016 e 2017.

Questionado sobre a movimentação atípica em sua conta, Fabrício de Queiroz afirmou que suas transações financeiras eram fruto da compra e venda de veículos usados. Porém, além da movimentação de R$ 1,2 milhão, o ex-assessor da Alerj também entrou no radar do Coaf por outros R$ 5,8 milhões movimentados nos últimos três anos. Somados, os valores somam transações atípicas de R$ 7 milhões.

O Globo