Kim suspeita de queima de arquivo contra filha de Queiroz

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Foto: Karime Xavier/Folhapress

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) oficiou o governo do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça nesta quinta-feira (18) solicitando reforço na segurança de Nathalia Melo de Queiroz, filha de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro preso por envolvimento no escândalo das rachadinhas.

Kataguiri pede que seja destacada força policial para garantir a segurança de Nathalia, que estaria em risco “em razão da possibilidade de queima de arquivo”. Ainda segundo o deputado, a filha de Queiroz “é peça fundamental” para a solução do caso.

Nathalia foi citada em relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) que identificou movimentações financeiras atípicas do policial militar Fabrício Queiroz, seu pai e ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Ela foi nomeada secretária parlamentar de Jair Bolsonaro em dezembro de 2016 e exonerada em outubro de 2018, mesmo mês em que seu pai deixou o gabinete de Flávio, na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

Nathalia também trabalhou como assessora do filho do presidente eleito. Em 2007, aos 18 anos, começou a atuar na vice-liderança do PP, de Flávio, onde ficou até fevereiro de 2011. De agosto do mesmo ano até dezembro de 2016, esteve lotada em seu gabinete.

Residente no Rio de Janeiro, as redes sociais de Nathalia giravam em torno de sua atuação como professora de educação física —nas academias cariocas e na praia. Havia registros, inclusive, de aulas com famosos, como os atores Bruno Gagliasso, Bruna Marquezine e Giovanna Lancellotti.

Fabrício Queiroz foi preso na manhã desta quinta em Atibaia, no interior de São Paulo. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça do Rio de Janeiro —ele não era considerado foragido.

Queiroz estava em um imóvel do advogado Frederick Wassef, responsável pelas defesas de Flávio e do presidente Bolsonaro. Wassef é figura constante no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e em eventos no Palácio do Planalto.

A suspeita é de interferência de Queiroz nas investigações da Promotoria, por isso a prisão preventiva. A mulher dele, Márcia Aguiar, que foi assessora de Flávio na Assembleia, também teve a prisão decretada —ela não foi encontrada em seu endereço e é considerada foragida.

Folha