Queiroz ajudou torturadores de Amarildo

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Foto: Reprodução

O Ministério Público do Rio revelou que os laços de Fabrício Queiroz com ex-colegas envolvidos em crimes não se limitavam apenas à amizade com Adriano da Nóbrega, ex-PM morto na Bahia neste ano e acusado de chefiar uma milícia e um grupo de extermínio.

O policial militar reformado Heyder Maduro Cardozo, que já cumpriu pena por homicídio, pediu ajuda a Queiroz para dois dos condenados pela tortura e morte do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde julho de 2013 na favela da Rocinha, zona sul do Rio. As informações são do UOL.

O contato inicial foi feito uma semana depois do major Edson dos Santos, comandante da UPP no local do crime, passar do regime semiaberto para a prisão domiciliar. A decisão da Justiça também beneficiou o tenente Luís Felipe Medeiros, subcomandante da unidade.

Em 2016, o major e outros 12 policiais militares foram condenados pelo crime de tortura seguida de morte do pedreiro.

Às 9h55 de 23 de agosto de 2019, Queiroz usa o celular da esposa Márcia Oliveira de Aguiar, que segue refugiada, para enviar um áudio a Heyder. “Se tiver alguma coisa pra falar, fala por aqui ou por aquele telefone que tá com minha filha, tá bom? Quando eu entro na cidade em que eu tô, eu desligo os telefones”, disse. Queiroz foi preso na semana passada em Atibaia, no interior de São Paulo.

Em outro áudio no mesmo dia, o ex-assessor de Flávio Bolsonaro acusado de chefiar um esquema de “rachadinhas” na Alerj diz a Heyder que poderia fazer contato com “a cúpula de cima”, dando pistas de que teria ainda preservado sua influência política no meio policial, de acordo com o MP. “Avisa pro doutor aí, cara, se quiser algum contato pessoal aí, com… a cúpula de cima aí, faz contato, valeu? Dá pra encaminhar”, falou Queiroz.

Ao UOL, o advogado Saulo Salles, que representou os dois oficiais no processos, se disse “surpreendido” com a informação sobre Queiroz.

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