SP bate recorde de mortes falando em “desaceleração”
Foto: Amanda Perobelli/Reuters
O Estado de São Paulo registrou nas últimas 24 horas o recorde de 327 mortes em decorrência do novo coronavírus, apontou levantamento da Secretaria de Saúde divulgado nesta terça-feira, 2. O maior número até então tinha sido medido em 19 de maio, quando foram registrados 324 vítimas fatais. O número de casos também sofreu uma alta histórica: 6.999 registros no mesmo período.
Apesar dos dados, o Governo do Estado de São Paulo preferiu destacar, durante uma coletiva de imprensa desta terça, que detectou uma desaceleração no aumento de casos de Covid-19 em todo o Estado. Foi informado que ainda há casos novos, mas que eles surgem em ritmo menos acelerado. O grupo apontou que na primeira quinzena de maio, o avanço de registros em relação ao período anterior chegava a 93%. Já na segunda quinzena de maio, o crescimento registrado foi de 87,5%. Ou seja, 5,5 potos percentuais a menos do que antes. No caso dos óbitos, também houve retração, de 80% de aumento na primeira quinzena de maio para 69% na segunda quinzena.
Outro item pontuado pelas equipes de saúde e economia foi a retração na taxa de ocupação de leitos, que chegou a 73,5%. Na Grande SP, essa ocupação chega a 85,3%. A capacidade foi ampliada diante da chegada de novos ventiladores mecânicos.
A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen afirmou que é preciso um “cuidado” na análise de casos. “Não podemos tomar nenhuma decisão com base nos indicadores de um dia. Nem para baixo, nem para cima. O trabalho do plano (SP) está sendo feito para olhar tendências”, disse. Ela ainda afirmou que o Centro de Contingência em Saúde pediu que considerassem dados consolidados de 14 dias. “Vamos acompanhar a tendência”, disse. Patrícia ainda afirmou que, caso os indicadores piorem, não haverá problema em retroceder em medidas de flexibilização.
Ao todo, são 118.295 diagnósticos positivos, com 7.994 óbitos. Estão internados nos hospitais quase 12.000 pacientes, cerca de 7.500 em enfermarias e 4.500 em UTIs.
Também foi oferecido um dado panorâmico sobre a administração de leitos do SUS. De acordo com a pasta da Saúde, 1.071 leitos da rede foram reservados para cuidados intensivos de Covid-19 em todo o Estado de São Paulo. Além disso, todo o SUS implantou 3.622 novos leitos, um aumento de 105% em relação à rede existente antes da pandemia. Há ainda a possibilidade de incluir mais 1.604 leitos em toda a região paulista, caso necessário.