Enquete do MEC mostra que maioria quer adiar Enem 2020
Foto: Carlos Cecconello/Folhapress
Cerca de 50% dos estudantes que participaram da enquete do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) votaram para o adiamento da prova para maio de 2021. O resultado da enquete foi divulgado nesta quarta-feira (1º), durante a coletiva de imprensa do Ministério da Educação (MEC).
A alternativa mais votada foi para que as provas impressas ocorram em 2 e 9 de maio, enquanto as digitais sejam agendadas para o dia 16 e 23 de maio de 2021.
Dos mais de 5,7 milhões de estudantes, 1,1 milhão participaram da discussão, ou seja, 19% dos que tiveram as inscrições confirmadas. As outras opções de datas eram dezembro de 2020 (15%) e janeiro de 2021 (36%). Os estudantes puderam votar entre 20 e 30 de junho.
A partir deste resultado, os secretários estaduais de educação serão ouvidos pelo MEC, assim como as universidades públicas e privadas.
“Acreditamos que conseguiremos definir a nova data em duas ou três semanas”, completou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes.
Lopes e o secretário-executivo do MEC, Antônio Paulo Vogel, afirmaram que as inscrições não serão reabertas. O MEC, agora, irá se preparar para fazer toda a estrutura sanitária para que os estudantes realizem as provas.
Sobre o Enem Digital, o MEC afirmou que a prova continuará acontecendo depois da presencial e terá o mesmo número de estudantes cadastrados: 96 mil.
A pasta também informou que a edição de 2020 do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), voltado para alunos do Ensino Superior, foi cancelada. A prova ocorrerá apenas em 2021, com data ainda a ser divulgada.
O número dois do MEC também respondeu perguntas sobre a falta de um ministro à frente da pasta. De acordo com Vogel, a rotina do MEC segue funcionando normalmente. “Na falta de um ministro oficial, sou eu quem fico como substituto. E a rotina interna segue igual. Não está sendo afetada”, concluiu.