Ex-governador petista do DF é alvo de operação

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Foto: André Dusek/Estadão

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal e Territórios deflagrou na manhã desta quinta, 23, a operação Alto Escalão, que investiga um esquema de pagamento de propina no âmbito de compra de leitos hospitalares feita pela Secretaria de Saúde do DF em 2014. Entre os alvos das buscas estão o ex-governador Agnelo Queiroz (2011-2015) e o ex-secretário de Saúde Rafael Barbosa.

A Promotoria cumpriu mais 13 mandados de busca e apreensão. A operação é um desdobramento da operação check-out, deflagrada inicialmente em julho de 2018.

Segundo os investigadores, para que a compra dos leitos fosse efetivada, o dono da empresa Hospimetal pagou R$ 462 mil a agentes que atuariam em nome de ex-ocupantes de cargos do alto escalão do Governo do Distrito Federal. O valor equivale a 10% do montante total do contrato.

“A vantagem indevida teria sido paga por meio de um contrato fictício de publicidade e marketing firmado entre a empresa que pretendia vender seus produtos à Secretaria de Saúde do DF e o Instituto Brasília pra o Bem-Estar do Servidor – IBESP”, afirmou a Promotoria em nota.

O MPDFT apontou ainda que a investigação sobre o esquema já resultou em oferecimento de denúncia contra servidores públicos e o proprietário da referida empresa. De acordo com os investigadores, os novos fatos sob apuração foram ‘revelados em colaboração premiada e identificados após a realização de investigações e diligências independentes, além de provas obtidas do processo original’.

A primeira fase da Operação Checkout foi deflagrada em junho de 2018 e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O Ministério Público do DF investigou servidores da SES/DF e funcionários de empresas privadas envolvidos em fraude à licitação e corrupção na compra de macas, leitos de hospitais e outros tipos de mobiliários para unidades da rede pública.

A segunda e a terceira fase foram deflagradas respectivamente em fevereiro e março de 2019. Foram cumpridas diligências no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), no Guará e na cidade de São Caetano do Sul (SP), numa empresa de turismo. Houve uma prisão em Brasília.

COM A PALAVRA, OS INVESTIGADOS

A reportagem busca contato com os investigados. O espaço está aberto para manifestações.

Estadão