Filha de Braga Netto foi reprovada no Exército

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 Foto: Anderson Riedel/PR

Filha do ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, contratada para a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com salário de R$ 13 mil, Isabela Braga Netto não aparece nas redes e tem menção discreta na internet de forma geral. Ela se formou em 2016 no curso de Design pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). No ano passado, candidatou-se a uma vaga temporária na 1ª Região Militar do Exército no Rio, mas não foi aprovada. Nas plataformas formais, como a Lattes, também não está.

Já o servidor público Gustavo Macieira, que ocupa a Gerência de Análise Setorial e Contratualização com Prestadores, cargo que deverá ser de Isabela Braga Netto na ANS, é formado em Direito, com especialização pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Esse gerente é responsável pela contratos firmados entre as operadoras e os prestadores de serviço de atenção à saúde. Além disso, também precisa determinar os critérios para descredenciar prestadores de serviço. Outra atribuição é ajudar na instauração de processos que apurem infrações por esses agentes de saúde.

A ANS é uma agência vinculada ao Ministério da Saúde que atua na criação de regras, controle e fiscalização do setor de planos de saúde no país. O monitoramento da agência aumentou ainda mais durante a pandemia do novo coronavírus, com a publicação de boletins sobre a atuação das operadoras na crise sanitária.

O número de militares em cargos civis no governo do presidente Jair Bolsonaro mais que dobrou: passou de 2.765 para 6.157, segundo dados do Tribunal de Contas da União.

Exemplos como o de Isabela não são novidade no governo Bolsonaro. Adriana Villas Bôas, filha de Eduardo Villas Bôas, ex-comandante do Exército e atual assessor especial da Presidência, ganhou um cargo de confiança no Ministério dos Direitos Humanos. Desde novembro, ela comanda a coordenação das Pessoas com Doenças Raras, na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O salário é de R$ 10,4 mil.

Já quando o ministro Luiz Eduardo Ramos decidiu assumir a pasta da Secretaria de Governo, ainda em junho de 2019, sua filha, Patrícia Baptista Cunha, pediu licença não remunerada da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que estava vinculada à Segov à época.

O Globo