Lula pode vencer Moro este ano

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Foto: Reprodução

Está chegando a hora da verdade para o ex-presidente Lula. A hora em que os abusos contra si serão desmascarados. A hora em que a Justiça irá decretar a nulidade das ações políticas do então juiz Sergio Moro contra o ex-presidente. E será em 2020.

O pedido ao STF de suspeição de Sergio Moro para julgar Lula ocorreu em novembro de 2018, após o então juiz da Lava Jato, que condenou o ex-presidente, tirá-lo da disputa eleitoral mandando-o para a cadeia por quase dois anos.

Apesar da gravidade de o juiz que condenou Lula ter se tornado subordinado do político que se elegeu graças à prisão do ex-presidente, à época não havia muita expectativa de que o caso caminhasse. Bolsonaro acabava de ser reeleito e a mídia estava “de quatro” para Moro.

Cerca de seis meses depois, porém, as coisas mudaram de figura. O site The Intercept Brazil, editado por Glenn Greenwald, inicia uma série da reportagens que abalariam a Lava Jato, desmoralizariam Moro e culminariam com a libertação de Lula.

E não foi pouco. Diálogos entre o então juiz da Lava Jato, Sergio Moro, e o chefe da força-tarefa do MPF na Lava Jato, Deltan Dallagnol, revelavam que juiz e promotoria se juntaram com o fim de condenar Lula sem que ele jamais tivesse tido chance de defesa. Nessas conversas, Moro chegou a indicar provas para a promotoria investigar e Dallagnol confessou, literalmente, que as provas contra Lula eram muito fracas.

Com base no escândalo, a denúncia da defesa de Lula contra Moro, feita em novembro de 2018, ganhou força. Tanta força que, três meses depois, Lula foi libertado. Apesar da dissimulação do STF, nos debates sobre prisão em segunda instância, que liberaram o ex-presidente, ficou clara a influência da dita “Vaza Jato” na decisão do Tribunal.

Só faltava reparar as condenações injustas contra Lula, sem provas e produtos de conluio entre o juizado do caso e a acusação. E esse capítulo está para ser apresentado. Agora, o magistrado decidiu que já está de bom tamanho o clima político para julgar a suspeição de Moro

— Gilmar suspeição

O julgamento da suspeição de Moro na segunda turma do STF foi suspenso em 25 de junho do ano passado após a ministra Cármen Lúcia e o ministro Edson Fachin terem votado a favor do ex-juiz. Restam Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Celso de Mello.

Agora, Gilmar Mendes anuncia que vai recolocar em pauta, na segunda turma do STF, a suspeição de Moro e quer o Plenário do Tribunal todo reunido para votar.

A tendência é a de a segunda turma considerar Moro suspeito. A única forma de impedir que isso aconteça será evitando que o julgamento ocorra antes de Celso de Mello se aposentar, em novembro. Mas a julgar pela disposição do Tribunal, não vai rolar.

Moro ganhou todas de Lula, mas deve perder a última. Irônico, não?

Redação