Maia defende Gilmar contra Jair e milicos
Foto: Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) minimizou nesta terça-feira (14) a declaração do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a atuação do Exército na pandemia de Covid-19. No fim de semana, durante uma live, o ministro criticou a situação do Ministério da Saúde, que está sem ministro há mais de 50 dias, e disse que o Exército estava “se associando a um genocídio”, o que abriu uma crise política entre os militares e o Judiciário.
“Foram palavras duras, mas acho que o que ele quis dizer foi muito mais preocupação pela imagem que o Exército tem do que um ataque às Forças Armadas. O ministro Gilmar Mendes tem atuado de forma independente e com boas decisões nos últimos anos. Temos que respeitar”, afirmou Maia.
Também hoje, o Ministério da Defesa encaminhou à Procuradoria-Geral da República uma representação contra Gilmar Mendes, em razão de suas declarações. A representação é assinada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e pelo comandante do Exército, Edson Pujol.
Maia disse que a Câmara retomará amanhã (15) a discussão da reforma tributária. Como a comissão mista não foi autorizada pelo presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), a retomar suas atividades, os deputados vão trabalhar sobre a PEC 45, de autoria do deputado Baleia Rossi (PSDB).
“Pelo que entendi, o Senado não pode retomar agora. Mas acho que esse debate é urgente”, afirmou Maia.
Maia confirmou ainda que a PEC 15/15, que trata do novo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) só deve entrar na pauta da Câmara na semana que vem.