Maia vai pesquisar se Bolsonaro o contaminou

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Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira que não fez exame de coronavírus após o diagnóstico de que o presidente Jair Bolsonaro está infectado. O parlamentar do DEM sinalizou que fará nos próximos dias um exame de anticorpos para verificar se já teve a doença.

Na terça-feira, Bolsonaro confirmou estar com coronavírus. Uma semana antes, Maia esteve no Palácio do Planalto para cerimônia de prorrogação do auxílio emergencial.

“Não, eu tive com ele na quarta. Quando teve a informação, já tava no quinto, sexto dia. Eu esperei o sexto dia, não tive nenhum sintoma. O que eu devo fazer nos próximos dias é o exame dos anticorpos para ver se, em algum momento, eu posso ter pego essa pandemia”, disse Maia, em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, da Rádio Bandeirantes.

“Eu já tive com tanta gente que teve o vírus. Agora, estou usando máscara, álcool gel, lavando bem as mãos, estou fazendo todos os protocolos para que eu não tenha o vírus e para que eu cumpra meu papel, como todos, de tentar mostrar que é fundamental que todos nós respeitemos os protocolos para que esse vírus possa reduzir a sua aceleração, a sua força, já que ele, de fato, para algumas pessoas, é letal”, acrescentou Maia

O deputado do DEM reforçou que acredita que o veto de Bolsonaro à prorrogação da desoneração da folha de pagamento até o final de 2021 será derrubado no Congresso Nacional. A Câmara e o Senado aprovaram, durante tramitação da Medida Provisória (MP) 936, que trata da redução de salário e de jornada, que a desoneração de folha de pagamento para 17 setores seja prorrogada por um ano, mas Bolsonaro vetou o trecho.

“Aprovamos e continuamos defendendo. É claro que o governo dirá que precisa encontrar de onde cortar, mas isso é um desafio do governo e do Parlamento. A decisão majoritária deve ser pela derrubada do veto. Vamos nos debruçar sobre o Orçamento do ano que vem para encontrar de onde tirar para viabilizar a prorrogação da desoneração”, explicou Maia.

O presidente da Câmara voltou a criticar uma eventual recriação da CPMF, que passou a ser novamente cogitada pela equipe econômica pela possibilidade de gerar recursos para a manutenção da desoneração da folha. “Eu sou radicalmente contra. Para mim, pessoalmente, é uma tragédia. Precisamos simplificar o sistema de impostos de bens e serviços, que corrija distorções. E posteriormente fazer uma grande reforma administrativa, melhorando qualidade de gasto do Estado”, afirmou Maia.

Valor Econômico