Parlamentares americanos se enraivecem com 03

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Foto: Reprodução

O presidente do Comitê de Relações Internacionais da Câmara dos Estados Unidos, Eliot Engel, se manifestou com veemência na noite desta segunda-feira (27), contra o apoio do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à reeleição de Donald Trump à Casa Branca.

“Já vimos esse roteiro antes. É vergonhoso e inaceitável. A família Bolsonaro precisa ficar fora das eleições nos EUA”, escreveu Engel no perfil do Comitê de Relações Exteriores, citando um post de Eduardo Bolsonaro em que aparece a frase “Trump 2020” e uma propaganda política de sua campanha.

 

Nesse vídeo, são mostradas imagens de Hillary Clinton, derrotada por Trump em 2016, e dos ex-presidentes Bill Clinton e Barack Obama. Em seguida, a mensagem: “Primeiro eles te ignoram. Depois, riem de você. E o chamam de racista. Seu voto mostrará que estão todos errados”.

Não é a primeira vez que uma comissão da Câmara dos Deputados dos EUA se manifestam contra a relação entre Trump e Bolsonaro. Em junho, o Comitê de Assuntos Tributários mostrou-se contra os planos da Casa Branca de negociar acordos com o governo brasileiro. Entre as razões apontadas estão as políticas de direitos humanos e meio ambiente de Bolsonaro.

Como relações diplomáticas tem caráter de Estado, não é de bom tom que governos demonstrem preferência em eleições de outras nações. Isso porque as opiniões podem ser encaradas como ingerência indevida em assuntos internos, comprometendo os interesses externos.

Não é o que faz o presidente Bolsonaro, seus filhos e ministros. O próprio Eduardo Bolsonaro já fez duras críticas à China, assim como o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. O mesmo ocorreu na eleição presidencial da Argentina, em 2019, quando Jair Bolsonaro atacou publicamente o então candidato, e hoje presidente, Alberto Fernández.

Ano passado, Eduardo Bolsonaro foi indicado pelo pai para assumir a Embaixada do Brasil em Washington. Na época, chegou a declarar preparado para assumir o posto por “ter vivência” e “já ter fritado hambúrguer” no país. A indicação, porém, subiu no telhado após sofrer resistência no Senado, onde seu nome teria de ser aprovado.

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