PGR nega engavetamento de representação contra Bolsonaro
Foto: Marcos Corrêa/Presidência da República
A Procuradoria-Geral da República afirmou hoje que está “seguindo o trâmite normal” uma representação que acusa Jair Bolsonaro de improbidade administrativa na condução da política nacional de combate à pandemia.
A representação é assinada pelo ex-procurador-geral Claudio Fonteles e aponta vários atos ilícitos: desorganização no Ministério da Saúde; descumprimento de orientações médicas (como dispensa do uso de máscaras e promoção de aglomerações); manipulação de dados do contágio e letalidade no Brasil; além de menosprezo às vítimas e à própria gravidade da doença.
A acusação foi protocolada no dia 7 de julho e, segundo a PGR, ainda está sendo analisada pela assessoria criminal, para verificar se o presidente pode ser punido penalmente. O órgão emitiu nota para dizer que não está retendo propositalmente o andamento do caso.
“A representação foi protocolizada em 7 de julho, apenas nove dias atrás. Nesse período, marcado pelo recesso forense, a PGR opera com equipes reduzidas, sobretudo devido à pandemia de Covid-19, e precisa analisar as dezenas de representações que lhe chegam todos os dias. Portanto, o prazo é aceitável e regular, não se podendo falar em retenção”, diz a nota.
A gente finge que acredita.