Proibição do TCU derruba acessos do Banco do Brasil
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O Banco do Brasil apresentou nesta semana um agravo ao TCU (Tribunal de Contas da União) pedindo que a corte reveja a proibição imposta sobre parte da publicidade do banco na internet. A trava foi colocada após a revelação de que um site que propaga fake news disfarçadas de notícias elogiosas a Jair Bolsonaro recebia verba estatal. Ao TCU, o banco argumenta que está tendo prejuízo com a proibição e quer que o caso seja levado à análise do plenário.
O BB estima que, com a vedação, tenha perdido mais da metade dos cerca de 100 milhões de acessos que tinha por mês. Isso porque o TCU proibiu a veiculação de publicidade em sites com menos de dez anos —exceto vinculados à mídia de radiodifusão. A corte definiu o parâmetro para limpar suspeitos de produção de fake news.
Já o banco considera a linha de corte excessiva e alega que cerca de um terço das contratações de cartões de crédito e de contas digitais vinha de sites hoje vedados pelo TCU. Na corte, o pedido de revisão do BB foi visto como uma piada. O banco estatal estaria admitindo que irriga sites de conduta duvidosa.
A direção do banco nega que destine verba pública a sites de fake news.
O ministro Bruno Dantas, relator do caso, tinha dado sinais de paz ao Planalto com a chegada de Fábio Faria. Havia um diálogo em andamento para solucionar o imbróglio. Fracassou, por ora.